Dos três Magos que visitam o Menino e sua mãe, é dito que «eles se prostraram e adoraram-no» (Mt 2,11). O mesmo se pode dizer certamente dos pastores, e não existe representação do presépio que não nos mostre o seu gesto de veneração: porque eles sabem, pelas palavras do anjo, que esta criança é o Salvador, o Messias, o Senhor.
Maria realizou a antecipação do celibato pelo reino de Deus não no sentido de um voto mas no consenso a uma plenitude de vida da qual ela é testemunha permanente de que o seu Filho é Deus e homem. Não é uma questão de pureza legal ou até mesmo moral, ou fuga do mundo como era os essênios, ou o espírito asiático de ascetismo.
O Advento, em sua função de preparação, já apresenta uma doutrina mariana muito marcante. A presença de Maria no culto da Igreja no Advento tem as suas raízes nas realidades teológicas, no centro das quais se situam a sua vocação e a sua missão. A mãe integra-se perfeitamente na celebração do mistério do Filho, conferindo-lhe um acentuado cunho espiritual e contemplativo.
O Advento é típico do Ocidente cristão. Os textos bíblicos, eucológicos (orações) e cantos do missal e da liturgia das horas deste período no rito romano, mas também no rito ambrosiano e moçárabe são inigualáveis.
A celebração da Páscoa na Igreja dos primeiros séculos era dominada pela expectativa da manifestação definitiva do Senhor. Por esta razão, a vigília pascal durava até de noite; somente neste momento poderia começar a liturgia eucarística. O Ressuscitado aparecia entre os seus de modo sacramental, como o sol da manhã que anuncia simbolicamente o dia sem fim!