A esperança no séc. II: fidelidade, conversão e perspectiva do futuro

No século II, o tema da esperança (έλπίς) permanece como um dos pilares da espiritualidade cristã, herdado das Escrituras e da tradição apostólica. Embora o foco escatológico ainda seja decisivo, percebe-se uma ampliação prática dessa virtude: a esperança é um chamado à paciência, à perseverança e à fidelidade em meio às tribulações.
Neste artigo, exploraremos como alguns escritos pós-apostólicos reforçaram a noção de esperança como motivação para a conversão, sustentáculo na perseguição e ponto de convergência das comunidades cristãs na busca de uma vida fiel a Cristo.

Esperança e exortação à fidelidade e conversão

Novos acentos surgem na maneira de exortar e consolar os fiéis, sempre motivados pela promessa de um futuro melhor. É o caso da Primeira Carta de Clemente, que conclui sua exortação com a expectativa da iminente parúsia:

«Primeira Carta de Clemente 23,5:
«Considerai, amados, como o Senhor continuamente nos mostra a ressurreição futura. Ele estabeleceu as primícias da ressurreição no Senhor Jesus Cristo e, por meio de Seu exemplo, nos revelou o que nos aguarda. Assim, esperemos confiantemente o dia em que Se manifestarão Suas promessas, pois Ele é fiel para cumpri-las».

A mesma epístola ressalta as promessas que Deus reserva àqueles que O aguardam:

Primeira Carta de Clemente 34,8:
«Maravilhosas são, amados, as riquezas das promessas de Deus. Considerai quão grande e imensa é a felicidade preparada para aqueles que O esperam. Pois ‘nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus preparou para aqueles que O amam’ (cf. Is 64,3; 1Cor 2,9)».

Primeira Carta de Clemente 35,4:
«Portanto, quem tem a caridade em Cristo, cumpra os mandamentos de Cristo. Quem é capaz de explicar a beleza do amor de Deus? A que altura ele nos eleva é inenarrável. É nele que se funda nossa esperança, e por ele conhecemos a essência da paciência, para que em tudo agradeçamos ao Seu nome».

Acima de tudo, esses escritos pós-apostólicos incentivam a própria esperança.

O capítulo final da Didaqué exorta à vigilância e à paciência:

Didaqué 16,1.4:
«Vigiai pela vossa vida; que vossas lâmpadas não se apaguem e que vossos lombos não se afrouxem, mas estai preparados, pois não sabeis a hora em que o Senhor virá. […] Então aparecerão os sinais da verdade; primeiro o sinal do aparecimento no céu, depois o som da trombeta e, por fim, a ressurreição dos mortos. Mas nem todos ressuscitam, e sim aqueles que creram e perseveraram».

Paralelamente, surge o chamado à esperança paciente e perseverante nas cartas de Inácio de Antioquia, sobretudo em suas fórmulas de saudação ou oração:

Inácio de Antioquia, Carta aos Efésios 3,1:
«Exorto-vos a nada fazerdes sem Deus; fazei tudo conforme a doutrina de Cristo, pois Ele é a vossa imortalidade e a vossa esperança».

Inácio de Antioquia, Carta aos Magnésios 7,1:
«Fazei, pois, todas as coisas em nome de Jesus Cristo. Não realizeis nada separadamente do bispo e do presbitério […] haja uma só oração entre vós, uma só súplica, uma só disposição de ânimo, uma só esperança em amor e em alegria irrepreensível, pois um só é o Senhor Jesus Cristo».

Inácio de Antioquia, Carta aos Tralianos 1,1:
«Ignácio, chamado Teóforo, à Igreja dos Tralianos, amada por Deus Pai e por Jesus Cristo, Ele que é nossa esperança, desejo toda alegria».

Inácio de Antioquia, Carta aos Romanos 10,3:
«Rogo-vos, pois, não me demonstreis uma piedade inoportuna. Deixai-me ser alimento das feras, pelas quais me é concedido chegar a Deus. Sou trigo de Deus, e serei moído pelos dentes das feras para ser achado pão limpo de Cristo, na esperança de ressuscitar nEle».

Inácio de Antioquia, Carta aos Filadélfios 11,2:
«Permanecei, pois, na esperança do Senhor, e não vos deixeis enganar pelos que proclamam doutrinas diversas».

Inácio de Antioquia, Carta aos Esmirnenses 10,2; 12,2:
«Guardai-vos de dividir-vos; segui antes o exemplo de Cristo, pois onde está o bispo, ali deve estar a comunidade, assim como onde está Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica. […] Saúdo em nome de Jesus Cristo a todos os que O amam, esperando a Sua vinda; eles serão participantes no Reino de Deus».

Policarpo, contemporâneo de Inácio, destaca que as cartas do colega abordam fé, paciência e toda edificação orientada ao Senhor:

Policarpo de Esmirna, Carta de Inácio a Policarpo (remissão ep. 13,27):
«Recebemos as cartas de Inácio, que foram escritas para nós por ele e por outros, e lemo-las com grande proveito, pois nelas se encontra fé, paciência e toda edificação que conduz ao Senhor»

Ele próprio conclama seus leitores a perseverarem:

Policarpo, Carta aos Filipenses 8,1:
«Exorto-vos, pois, a obedecer à palavra da justiça, a exercitar toda paciência, como vistes em vossos santos irmãos […] N’Ele, pois, depositaram sua esperança (ἔλπισαν)».

Perseguições e intensificação do chamado à esperança

Diante das perseguições, esses apelos tornam-se ainda mais urgentes. A Primeira Carta de Clemente menciona a perseverança dos apóstolos e mártires romanos:

Primeira Carta de Clemente 5,4–6,2:
«Pedro, que por inveja injusta suportou não uma nem duas, mas inumeráveis tribulações, e após o martírio partiu para o lugar de glória devido. Por inveja e discórdia, Paulo, apontando o prêmio da paciência, suportou cadeias sete vezes, foi exilado, apedrejado, e proclamou o Evangelho […] Estes foram grandes exemplos entre nós. Também por inveja, um grande número de fiéis foi perseguido, padecendo muitos tormentos, entre eles mulheres que suportaram sofrimentos terríveis; estes, firmes na esperança, obtiveram um nobre destino».

Essa mesma epístola evoca os “três jovens” que perseveraram confiantes em Deus:

Primeira Carta de Clemente 4,58 (ou 58,2 em algumas edições):
«Amados, sejamos humildes de espírito; deixemos as vanglórias, abandonemos as vãs sedições e convertamo-nos ao que é bom. Pois é melhor, em simplicidade de coração e em esperança, voltarmo-nos à misericórdia de Deus».

Inácio encoraja Policarpo a suportar tudo na luta por Deus:

Inácio de Antioquia, Carta a Policarpo 3,1:
«Suporta tudo na luta por Deus, como também Ele tudo suportou por ti; e se fores açoitado, se fores preso, se fores provado pelo fogo ou pela cruz, permanece firme na esperança dAquele que está acima de todos os tempos».

Inácio de Antioquia, Carta a Policarpo 2,3:
«Recorda-te da recompensa eterna, que supera todo sofrimento terreno, para que não te deixes vencer pelas dores presentes».

De maneira semelhante, o Martírio de Policarpo louva a dedicação dos mártires:

Martírio de Policarpo 2,2f; 12,1:
«Eles não gritaram nem se lamentaram, mas, cheios de coragem, aceitaram o desfecho e, como se fossem transportados para um outro mundo, não temeram os tormentos que lhes infligiam. […] Assim como o Senhor nos sustentou, Ele também sustentará a todos os que nEle esperam. Por isso, exortamos que sigais esse exemplo de paciência e amor ao Senhor».

O convite contínuo à conversão

Conversão em Clemente e na Didaqué

Já na Primeira Carta de Clemente, o tema da conversão mostra-se essencial:

Primeira Carta de Clemente 7–20 (excerto 7,1):
«Assim, pois, irmãos, cumpramos a vontade do Pai que nos chamou, para que vivamos segundo a caridade e deixemos tudo o que nos desvia do alvo. Voltemo-nos para o Senhor, que nos amou antes da fundação do mundo».

Clemente enfatiza que Deus não abandona quem O espera, mas pune aqueles que se afastam de Seus mandamentos:

Primeira Carta de Clemente 11,1; 12,7; 22,9; 35,1–5; 59,3 (trechos):
11,1: «Eis que o Senhor não abandona quem O espera, mas é justo e fiel para cumprir Suas promessas. Por outro lado, o que se aparta de Seus mandamentos prepara para si a ruína. […] 59,3: Roguemos a Deus que Ele, o observador de todas as coisas, nos guarde de toda transgressão e da discórdia, para que possamos viver em união e fé sólida, na esperança de Sua misericórdia».

A Didaqué (4,10) também menciona a importância da correção fraterna e do zelo comum pela salvação:
«Não hesitarás em corrigir teu próximo, mas tudo farás em mansidão e temor do Senhor. Assim, manterás firme a esperança daquele que escuta, para que não perca o ânimo».

Segunda Carta de Clemente: renovação e vida eterna

A Segunda Carta de Clemente opõe-se ao relaxamento da fé (1,2) e convoca a uma compreensão renovada das Escrituras (19,1; 3,1). Fala também sobre a correta interpretação do batismo (1,4–6; 9,2) e a conversão “enquanto há tempo”:

Segunda Carta de Clemente 8,1–4:
«Enquanto possuímos a vida neste corpo, e enquanto temos tempo para nos converter ao Senhor, façamo-lo com todo o empenho, para que sejamos salvos. Porque depois que partirmos deste mundo, já não podemos mais confessar ou praticar as obras da fé».

A esperança ocupa lugar central, pois o autor ressalta a expectativa da vida eterna:

Segunda Carta de Clemente 5,5; 8,4–6; 14,5; 10,4; 19,3; 20,3 (trechos):
5,5: «Devemos ter esperança na vida que há de vir, porque Deus nos prometeu aquilo que ultrapassa nossa imaginação. […] 14,5: A ressurreição é certa; o fruto dela é imperecível, pois o Senhor cumprirá tudo o que prometeu. Nossa parte é manter-nos em vigilância e piedade. 20,3: Como quem planta uma semente e aguarda a colheita, assim também nós, confiados à semente do Evangelho, esperemos com paciência o dia da colheita divina».

Por isso, o cristão deve perseverar para receber a recompensa:

Segunda Carta de Clemente 11,1–7:
«Não sejais duros de coração, irmãos, para que não sejais lançados fora do Reino de Deus. Se vacilardes, lembrai-vos de que Deus é fiel para retribuir a cada um conforme suas obras, e Sua promessa supera toda expectativa humana».

E a expectativa do Reino de Deus deve ser vivida em amor e justiça:

Segunda Carta de Clemente 12,1:
«Esperai a manifestação de Deus em amor e justiça, pois ninguém sabe o dia em que Ele se revelará».

A esperança pela própria salvação, firme diante de Deus:

Segunda Carta de Clemente 15,3–5:
«Seja, pois, a vossa consciência pura, e a vossa esperança, segura. Quem confia no Senhor não será decepcionado no dia de Sua visitação».

Fundamenta-se no chamado divino, que tudo criou a partir do nada. Assim, ao temor do juízo:

Segunda Carta de Clemente 16,3; 17,5–6:
16,3: «Tenhamos, pois, reverência, pois horrendo é o juízo daquele que não guardou puro o seu batismo. 17,5–6: Os que entregaram suas vidas aos prazeres mundanos terão de prestar contas. Mas quem perseverou em boas obras e desprezou os enganos efêmeros deste mundo poderá apresentar-se com confiança».

Ao final, louva-se o que permaneceu firme:

Segunda Carta de Clemente 17,7:
«Feliz aquele que serviu a Deus de todo o coração, pois não temerá naquele dia, antes louvará o Senhor com alegria».

O ápice da conversão no Pastor de Hermas

No Pastor de Hermas, de feição “apocalíptica”, a Igreja celeste e o anjo da penitência clamam por conversão imediata. Para quem se voltou ao mal, a expectativa dos bens futuros e a esperança parecem anuladas:

Pastor de Hermas, Visão 1,1,8:
«Vi, então, a figura da Igreja, que me disse: ‘Quem se afasta da justiça e abandona o Senhor não poderá aguardar parte alguma nos bens vindouros, pois já recebeu seu quinhão de efêmero neste mundo’».

Mas surge uma nova esperança: a esperança de conversão:

Pastor de Hermas, Parábolas (Similitudes) 6,2,4; 8,6,5; 8,10,2:
6,2,4: «Se, no entanto, se arrependerem de coração, reencontrarão a vida, pois o Senhor é grande em misericórdia para com quem não blasfemou».
8,10,2: «O pecado, uma vez confessado e abandonado, abre caminho para a esperança, pois Deus não fecha as portas ao arrependido».

Até os diáconos que administraram mal seu ofício podem obter vida se se converterem:

Pastor de Hermas, Parábolas (Similitudes) 9,26,2:
«Os que receberam responsabilidade na casa do Senhor e a cumpriram indignamente se perderam, mas se agora se arrependerem de coração, também eles podem alcançar a vida».

A conversão exige, sobretudo, longanimidade:

Pastor de Hermas, Mandamentos 5,1,1–4:
«Ouvi, pois, o mandamento que vos ordeno hoje: sede longânimes e mansos, pois a longanimidade tudo vence, e assim o diabo não encontra brecha em vós. Quem ama a Deus e espera em Sua ajuda supera as más obras do mundo».

Pastor de Hermas, Mandamentos 12,5,2; 12,6,4 (trechos):
«O diabo não pode dominar os servos de Deus que nEle confiam de todo o coração; são estes que, esperando com firmeza, se fortalecem contra as insinuações do maligno e perseveram na virtude».

A esperança como essência da vida de fé pós-apostólica

As comunidades do século II, pressionadas externa e internamente, valorizavam tanto a esperança que ela podia ser descrita como a essência de toda a vida de fé. Inácio de Antioquia falava de nome comum e esperança comum:

Inácio de Antioquia, Carta aos Efésios 1,2; 21,2 (trechos):
1,2: «A todos vós, que sois co-herdeiros de Cristo pelo mesmo batismo e a mesma esperança, envio saudações no Senhor».
21,2: «Jesus Cristo é nossa esperança, n’Ele temos sido renovados para a vida eterna».

Justino Mártir fala de nova lei, nova aliança e da expectativa dos que aguardam a salvação divina:

Justino Mártir, Diálogo com Trifão 11,4; cf. 16,4; 35,2; 52,4 (trechos):
«Há um povo, dentre todos os povos, que espera a revelação do Messias e vive sob uma lei que não é mais a de Moisés, mas a do Cristo, a Nova Aliança, cujo mandamento principal é o amor».

A esperança unia todos os cristãos, senhores e escravos, pois todos esperavam no mesmo Senhor:

Epístola de Barnabé 19,7:
«Sejam grandes ou pequenos, livres ou servos, todos servem ao mesmo Senhor e todos aguardam em comum a mesma esperança».

Era a esperança comum dos eleitos:

Primeira Carta de Clemente 58,2; 35,2; 51,1; 57,2 (trechos):
58,2: «Eis a esperança comum dos eleitos: ser preservados por Deus, que tudo vê, e receber da mesma fonte a misericórdia e a salvação»

Servia também de vínculo entre cristãos e profetas do Antigo Testamento, que esperavam a vinda do Messias:

Inácio de Antioquia, Carta aos Filadélfios 5,2; Carta aos Magnésios 5,2 (trechos):
Filadélfios 5,2: «Fé, esperança e amor eram também as virtudes dos profetas que aguardaram a revelação do Cristo».
Magnésios 5,2: «Não sejamos como os que apenas professam, mas não creem de fato na vinda de Cristo; antes, permaneçamos na mesma esperança dos santos que nos precederam».

A garantia dessa esperança é Cristo, frequentemente chamado de nossa esperança:

Inácio de Antioquia, Carta aos Efésios 21,2: «Jesus Cristo, nossa esperança, no qual temos a remissão dos pecados e a ressurreição».
Inácio de Antioquia, Carta aos Magnésios 11,1: «Pois se não tivéssemos a Cristo, nossa esperança seria vã e estaríamos presos às trevas»
Primeira Carta de Clemente 58,2: «Amados, firmados em Cristo, que é nossa esperança, fujamos de toda maldade e vivamos em concordância com Sua vontade.”»

Mais especificamente, a esperança cristã baseia-se na cruz:

Epístola de Barnabé 8,5: “A cruz de Cristo é o sinal pelo qual reconhecemos a esperança da vida eterna.”
Inácio de Antioquia, Carta aos Efésios 9,1: “Nada façais sem o sinal do Senhor, pois é no madeiro que nossa esperança se confirma.”»

Porém, não se pode pensar que a comunhão com Cristo no presente exclua o aspecto futuro. Mesmo os sacramentos, que enfatizam a presença salvífica, apontam para a consumação vindoura:

Didaqué 10,6; 9,4; 10,5:
10,6: «Lembrai-vos, Senhor, de tua Igreja, livra-a de todo mal e aperfeiçoa-a em teu amor; reúne-a dos quatro ventos em teu Reino que preparaste para ela».
9,4: «Assim como este pão partido estava disperso pelos montes e foi reunido em um só, que tua Igreja seja reunida em teu Reino».

No mesmo sentido, o batismo é selo para a vida eterna:

Segunda Carta de Clemente 8,6: «O batismo em Cristo nos assinala para o dia da redenção, qual selo que atesta nossa esperança».
Inácio de Antioquia, Carta a Policarpo 6,2: «Quem guardou a pureza de seu batismo não perecerá, mas verá a glória do Senhor».

E a Eucaristia é “remédio para a imortalidade”:

Inácio de Antioquia, Carta aos Efésios 20,2: «Acorrei, pois, à Eucaristia, a qual é o remédio de imortalidade, antídoto para que não morramos, mas vivamos em Cristo para sempre».

Conclusão

A esperança de conversão no Pastor de Hermas e em tantos outros testemunhos do século II abre-se claramente para a vida eterna (Pastor de Hermas, Parábolas 6,2,4; 8,7,2–3; 8,10,2). Emerge uma visão profundamente prática da esperança: ela impulsiona a mudança de vida (conversão), fortalece os fiéis na perseguição e sustenta a coesão das comunidades.

Em síntese, essas obras mostram que a esperança, herdada do Novo Testamento, é muito mais do que uma expectativa do fim dos tempos. Ela fundamenta a perseverança diária e o empenho do cristão em viver a caridade e a fidelidade, convictos de que Deus cumprirá Suas promessas. No século II, essa virtude não só moldou a teologia, mas também a identidade comunitária e o testemunho de fé diante das adversidades. No pensamento e nos sentimentos das comunidades pós-apostólicas, pressionadas tanto externamente quanto internamente, a esperança ocupava um lugar tão importante que podia ser descrita como a essência de toda a vida de fé.

Afinal, se Cristo é “nossa esperança”, cabe aos cristãos de todos os tempos — e, especialmente, aos do século II — viverem a certeza de que “Aquele que começou a boa obra há de completá-la” (cf. Fl 1,6). Assim, a esperança revela-se ancoragem segura, luz que orienta a caminhada e energia para a transformação, pessoal e comunitária.

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