Maria imagem da ternura de Deus no Magnificat
Introdução
Para compreender a profundidade da ternura de Deus, é necessário começar com a Palavra revelada, a Escritura. No entanto, ao tentarmos fazer uma tradução, estamos enfrentando uma tarefa quase desesperada e inevitavelmente destinada ao fracasso parcial. Uma verdadeira versão culturalmente transposta parece ser uma tarefa impossível. Cada idioma pressupõe o contexto vivo e vital em que surgiu, com circunstâncias peculiares, sua história e evolução até o momento presente. Transferir o fruto maduro desse processo vital para outro contexto, por mais afim, mas não idêntico, sempre significa tornar a experiência original de alguma forma convencional. Isso se agrava quando a distância espaço-temporal e cultural é significativa, como acontece ao traduzir textos clássicos e, no nosso caso, a literatura bíblica, tão distante de nossa história e sensibilidade ocidental.
Deveríamos buscar redescobrir e fazer reviver o contexto histórico, socioeconômico e cultural da linguagem que pretendemos “compreender” ou, mais precisamente, da qual desejamos “ser compreendidos“, ou seja, nos envolver e nos envolver. Em vez de dominar e manipular os textos, devemos ouvi-los e servi-los. Certamente, devemos percorrer a linha filológica-semântica dos vários termos e expressões bíblicas que formam a base do que chamamos, de forma sintética e reducionista, de “misericórdia“.
No entanto, uma simples investigação filológico-lexical não é suficiente: é necessário documentar ao vivo, com base em um texto específico – que para nós será o Magnificat – a profundidade do termo “misericórdia“. Também é importante notar que a literatura bíblica, especialmente do Antigo Testamento, não se baseia tanto em conceitos abstratos, mas em eventos e ações. Portanto, dar preferência aos verbos que descrevem a ação e o comportamento em relação aos substantivos mais estáticos e raros, mas favorecidos pela cultura greco-ocidental, sensível à reflexão conceitual sobre a realidade, mais do que ao evento em si.
No Magnificat, Maria canta a misericórdia de Deus não com declarações de princípio ou proposições abstratas, mas contando a história de suas intervenções salvíficas. Com base nessas ações, ela canta a eterna misericórdia de Deus: o termo usado pelo Magnificat para qualificar a ação misericordiosa de Deus em relação à Serva do Senhor, a Virgem, e depois em relação a Israel, seu servo.
Densidade bíblica da Misericórdia
Em relação a “éleos“, não existe uma tradução simples e adequada, nem suas múltiplas acepções podem ser compreendidas sem uma análise do hebraico “ḥesed“, do qual geralmente é traduzido. É importante notar que não é possível descrever exatamente com uma única palavra o campo semântico de ḥesed… não é “graça“, nem o termo “favor” frequentemente proposto é suficiente. O termo ḥesed é algo que se torna experienciável em situações concretas, mas que transcende a manifestação singular e contém uma referência ao próprio agente. No contexto religioso, o ḥesed de Deus cada vez mais indica o seu auxílio misericordioso, e tal acepção se expressa na tradução como éleos.
O grego éleos é muito frequente na tradução dos Setenta, especialmente em referência a Deus: é utilizado 236 vezes para indicar a misericórdia divina e 60 vezes para a misericórdia humana. No Novo Testamento, ele aparece 20 vezes em relação à bondade divina e 7 vezes em relação à bondade humana. A partir dessa proporção, ou melhor, desproporção, a valência teológica do termo fica clara. A maioria dos usos dessa palavra apresenta Deus como sujeito: Ele é grande em amor, ternura e bondade… este é um dos modos mais significativos de descrever a ação de Deus e qualificar o Seu rosto.
O Novo Testamento expressa a riqueza do léxico hebraico e dos LXX, especialmente nos cânticos de Lucas, que preservam com maior fidelidade os estilos, estrutura e conteúdo da poesia e da tradição do Antigo Testamento. Como uma tradução de “ḥesed“, que é primariamente um ato, uma prova de fidelidade socorrista, e não um estado de espírito, “éleos” não indica uma qualidade de Deus, mas o Seu comportamento, a Sua ação benevolente e fiel para com a salvação.
A bondade misericordiosa de Deus se manifesta em Suas ações, na história do povo da aliança, especialmente nos momentos decisivos: no êxodo do Egito, no retorno do exílio babilônico e posteriormente na intervenção de libertação escatológica, que se realiza no evento pascal de Cristo e em Sua volta final. Há uma ligação especial entre o “ḥesed” de Deus e os Seus prodígios.
Isso fica claro de forma emblemática no grande Hallel (Sal 136) da liturgia pascal, no qual as grandes obras de Deus para a salvação de Seu povo são proclamadas, intercaladas com o refrão litânico: “Pois eterna é a Sua “ḥesed”!”. O retorno do exílio é apresentado como um ato da bondade misericordiosa de Deus, como é evidenciado nos textos proféticos e no Deuteronômio. O livro de Isaías, na sua segunda parte, apresenta uma espécie de épica do futuro retorno a Sião e retoma esse motivo com insistência: “O Senhor terá misericórdia (eleései) de Jacó e escolherá novamente Israel, e os restaurará em sua terra“. Em literatura bíblica e judaica posteriores, éleos assume diferentes significados e torna-se, como o termo oposto “orgē” (ira), um termo escatológico.
A intervenção divina nos últimos tempos é vista não apenas como um dia de ira, mas também como um dia de consolação e da “ḥesed” de Deus. No Novo Testamento, o termo ocorre com frequência, como já mencionado, nos cânticos lucanos (Lc 1,50, 1,54, 1,72, 1,78). Nestes salmos, “éleos” apresenta o seu significado original, o da fidelidade que, naturalmente, sendo divina, é uma fidelidade benigna. Sob o vocabulário e motivos antigos, no entanto, está a novidade da plenitude dos tempos e das promessas cumpridas.
Note que as formas verbais futuras da literatura do Antigo Testamento e judaica deram lugar a verbos no tempo passado, ou até mesmo no aoristo – o tempo histórico por excelência – para celebrar um evento decisivo e irreversivelmente cumprido. Os dias da “ḥesed” divina, de acordo com o Magnificat e o Benedictus, são aqueles em que as promessas feitas aos pais se cumpriram. O “hoje” da salvação irrompeu de forma irreversível na história do mundo.
Maria transparência da ternura de Deus
Nesse sentido, Maria é imagem e transparência da ternura de Deus, pois seu canto e sua vida são testemunhas singulares disso. Ela canta a misericórdia de Deus porque experimentou concretamente e de maneira extraordinária sua eficácia. Ela não poderia cantar sem uma forte experiência. Maria é objeto da misericórdia de Deus, de Sua graça.
O primeiro cumprimento que lhe é dirigido é “kecharitôméne“. Esse título revela de alguma forma sua nova identidade: é o novo nome que o Senhor lhe concedeu, juntamente com a missão de ser mãe do Messias davídico, Filho de Deus. Embora seja difícil encontrar uma tradução adequada e universalmente aceita, não há dúvida de que “kecharitôméne” não é apenas o primeiro título dirigido à Virgem de Nazaré, mas também um título de fundamental importância.
Estamos diante de um particípio perfeito passivo, uma forma verbal que sugere algumas observações importantes sobre a pessoa a quem esse título é dirigido. Em primeiro lugar, é preciso observar que “charitóo” faz parte da série de verbos gregos com desinência em “óo“, chamados “causativos“, pois indicam uma ação que transforma de alguma forma o objeto. Agora, considerando que a raiz desse verbo é “cháris“, que significa graça, segue-se que a pessoa a quem se refere foi influenciada, ou seja, foi transformada pela graça de Deus. Este verbo ocorre apenas duas vezes no Novo Testamento: aqui e em um contexto esclarecedor como Efésios 1,6, onde diz que Deus nos transformou com Sua graça.
No caso de Maria, que foi a primeira e única a experimentar de maneira única o poder da graça de Deus, o título “kecharitôméne” destaca sua transformação pela graça divina. A humilde Virgem de Nazaré foi, por assim dizer, “moldada e feita nova criatura” pela graça de Deus, preparando-a para sua missão extraordinária. Isso justifica claramente o convite à alegria contido no “chaíre” com o qual a mensagem do anjo começa.
A segunda observação é que o tempo perfeito tem como característica apresentar uma ação ocorrida no passado, mas cuja eficácia continua no presente. Nesse contexto, o título “kecharitôméne” indica uma transformação que já ocorreu, mas que de alguma forma permanece atual. Maria é a pessoa renovada pela graça de Deus e permanece como um sinal imutável do poder do amor de Deus. Além disso, “kecharitomene” é um particípio, uma forma verbal que apresenta tanto a força e dinamismo do verbo quanto a nota personalística do adjetivo verbal, tornando o título uma característica que qualifica o sujeito. Tratando-se de uma forma passiva, toda a ação do verbo e o “mérito” da qualidade atribuída à pessoa não vêm dela, mas exclusivamente da iniciativa de Deus e da obra de Seu Espírito.
Portanto, Maria é “kecharitôméne“, transformada pela graça de Deus para ser a mãe do Messias, Filho de Deus, gerado pelo Espírito. A ação de Deus em Maria, embora misteriosa no relato da Anunciação, é proclamada de forma clara e inspirada por Isabel na cena da Visitação. Em resposta às palavras de Isabel e com base nas grandes coisas realizadas nela pelo Todo-Poderoso, Maria entoa seu canto, que é uma solene proclamação das ações salvíficas de Deus e de Sua misericórdia.
O Magnificat canto da Misericórdia de Deus
Dessa forma, nos aproximamos do Magnificat: o canto de Maria é uma reação e resposta às palavras de Isabel, mas, mais ainda, é uma reação aos eventos, às grandes coisas realizadas nela pelo Todo-Poderoso. Somente aqueles que viveram e aceitaram essas experiências na fé são capazes de cantar. Pense nos muitos Salmos e hinos do Antigo Testamento, todos eles têm como base uma experiência humana e espiritual concreta.
Se quisermos ser rigorosos, devemos dizer que a oração e, por extensão, o canto, não podem ser comandados. Um canto não pode ser imposto,se uma pessoa não viveu, se não esteve envolvida em um evento, ela não pode cantar, e nem mesmo orar. No entanto, inversamente, o canto não pode ser impedido, aqueles que viveram uma situação particular, que foram espectadores ou protagonistas de experiências que marcaram profundamente suas vidas, não podem ficar em silêncio, não podem deixar de gritar de alegria pela salvação ou de dor pela desventura. Toda a oração dos Salmos se resume em dois comportamentos fundamentais, “gemer” e “louvar“. Não se pode lamentar sem uma experiência de dor, nem se pode louvar sem um evento alegre.
Maria, imagem e transparência da ternura de Deus, justamente porque foi alcançada e transformada pela misericórdia divina, celebra o Senhor, seu Salvador. Ela – como os apóstolos em seu tempo – não pode ficar em silêncio diante do que viu e ouviu (At 4,20), o que o Senhor realizou em sua vida: o Magnificat é o seu belo testemunho. Os eventos dos quais Maria é testemunha não se referem apenas a sua pessoa, mas a todo o povo. A salvação de Deus, mesmo quando é pessoal, sempre envolve, de alguma forma, a comunidade da qual o orante faz parte. No caso do Magnificat, a dimensão comunitária é evidente, a ponto de a Virgem se apresentar como porta-voz de seu povo: sua experiência se entrelaça e se confunde com a de Israel e com a da comunidade neotestamentária, encontrando nele seu ponto de encontro.
O Magnificat é um canto comunitário
Maria o entoa – como Miriam fez na noite da libertação e como Judite fez após a vitória – para que todos o repitam com ela. A Virgem de Nazaré celebra o Senhor, lembrando Suas grandes obras de salvação e exaltando Sua eterna misericórdia. A experiência pessoal de Maria é paradigmática para toda a comunidade. Na verdade, sua experiência, retrospectivamente, nada mais é do que a reafirmação e a realização das intervenções salvíficas que marcaram a vida de Israel, continuamente revividas na fé e na liturgia. Fora desse contexto, o Magnificat – composto quase inteiramente de alusões, ecos e acentos do Antigo Testamento – não seria compreensível de forma alguma. Em uma perspectiva prospetiva, o Magnificat celebra a vitória de Deus em Cristo, Sua intervenção escatológica que inaugura a salvação definitiva. O canto de Maria celebra as grandes obras realizadas pelo Senhor no êxodo pascal de Cristo e a eterna misericórdia que Ele manifestou a Abraão e sua descendência com essa intervenção.
No Magnificat, portanto, encontramos a memória da salvação antiga, a proclamação dos novos eventos realizados em Cristo e a profecia da “recapitulação” futura. No entanto, como este canto é formado quase inteiramente por material do Antigo Testamento, enfocaremos as conexões com a história e as expectativas de Israel, finalmente cumpridas. A humildade e a condição de pequenez, pobreza e sofrimento de Maria de Nazaré devem ser lidas à luz da história de Israel, especialmente do capítulo três do Êxodo, onde expressões muito semelhantes estão presentes: «Tenho visto a aflição do meu povo no Egito, ouvi o seu clamor por causa dos seus opressores. Conheço suas angústias. Desci para libertá-los» (Ex 3,7-8).
A tapeínôsis de Maria
A tapeínôsis de Maria ecoa a condição de pobreza e opressão de todo o seu povo. As grandes coisas realizadas nela são as ações realizadas pelo Senhor em favor de toda a comunidade da aliança, da qual ela é uma expressão privilegiada. O canto de Maria, ao examinarmos de perto, é uma tapeçaria de textos bíblicos, uma antologia de passagens, tão numerosas e significativas que de alguma forma constituem uma síntese de toda a história da salvação. Como a antiga Miriam, ela entoa o canto da passagem do mar, no qual o povo, definitivamente libertado da opressão do faraó, chega às margens da liberdade. Como Débora, Maria celebra a grandiosa vitória sobre as forças dos poderosos inimigos. Acima de tudo, como Judite – “a judia” – ela obtém a salvação de todo o povo de Deus e se torna objeto de um louvor interminável por parte da comunidade, libertada graças à sua fé e ação. Maria, portanto, está no topo da lista de mulheres famosas e humildes que marcaram a história da libertação do povo de Deus e se tornaram testemunhas excepcionais. Algumas delas – especialmente Miriam, irmã de Moisés, e Judite – tornaram-se porta-vozes e líderes de todo o povo. Na verdade, elas não cantam sozinhas, mas introduzem e lideram cânticos e danças de vitória que envolvem mulheres, homens e toda a comunidade para celebrar as grandes obras realizadas pelo Deus de Israel (cf. Ex 15,20-21; Jt 15,12-16,20).
Nesse contexto e nessa luz, como indicado pelo próprio Lucas (cf. Lc 1,39-56), devemos compreender a figura e o canto da Virgem. O fato de o evangelista ter lido o episódio da Visitação e o canto do Magnificat à luz da recepção dada a Judite, a judia, dos louvores dirigidos a ela e do canto coral que ela entoou nos faz entender que, para Lucas, Maria de Nazaré é uma figura sintética, que incorpora diferentes personagens e toda a comunidade da aliança. No entanto, para Lucas, Maria também é uma imagem do fiel do Novo Testamento, do discípulo do Senhor e da comunidade, da qual ela é porta-voz e representante.
Maria ponte entre Israel e Igreja
A Mãe de Jesus ocupa o topo de Israel, do qual é o ponto culminante, e o início da comunidade do Novo Testamento, da igreja da qual é a figura e o princípio ideal. Ela, historicamente e teologicamente, serve como uma ponte, uma conexão entre Israel e a igreja. O canto da Virgem, apesar dos materiais do Antigo Testamento e das tradições dos quais é composto, se apresenta como um cântico novo: não é um cântico judaico, mas cristão. Devemos primeiro notar que, no Magnificat, todos os verbos – exceto os dois primeiros (versículos 46b-47), que constituem o cabeçalho e a introdução, e o raro futuro do versículo 48b – estão todos no aoristo passado, um testemunho inequívoco de uma salvação já realizada. De fato, em seu mistério pascal, Cristo realizou todas as expectativas de salvação de seu povo. E com a salvação agora presente, a festa da comunidade messiânica finalmente libertada irrompeu.
A diferença em relação aos lamentos angustiantes, às súplicas fervorosas dos salmos contemporâneos da literatura bíblica-judaica e, especialmente, de Qumran, com verbos direcionados para um futuro esperado como algo radicalmente diferente que Deus finalmente estabeleceria, é muito evidente. É verdade que, com a vinda de Cristo e com sua salvação, a violência, a dor e a morte ainda persistem no mundo – durante o período do “já, mas ainda não” -, mas agora as forças do mal estão irrevogavelmente derrotadas, seu futuro está traçado, elas não têm mais a última palavra, que já foi proferida pelo Senhor de maneira definitiva.
O passado dos verbos no Magnificat – como frequentemente na Escritura – é uma profecia do futuro: esses verbos, enquanto proclamam coisas que aconteceram, também anunciam a libertação definitiva que será realizada no futuro. Graças aos eventos realizados, o futuro está hipotecado como salvação, e isso justifica a alegria e o canto apesar das tribulações do tempo presente. O Magnificat, no passado, foi dividido de várias maneiras. Hoje, apesar das diferenças em pontos individuais, os autores geralmente concordam em uma divisão em duas partes: a primeira parte compreende os versículos 46-50 e termina com as palavras: “E a sua misericórdia é de geração em geração para aqueles que o temem“; a segunda parte termina com uma expressão semelhante e paralela: “Lembrando-se da sua misericórdia eterna… a Abraão e a sua descendência“.
Portanto, a misericórdia é o centro e o ponto mais alto do Magnificat, na verdade, o ponto em direção ao qual a primeira e a segunda parte tendem. O Magnificat revela o verdadeiro rosto de Deus, caracterizado por uma misericórdia eterna, como toda a história da salvação testemunha, que em Cristo alcançou plenitude e perfeição absolutas. O canto da Virgem não oferece definições de Deus, mas revela suas obras, sua ação incessante de libertação. Ela magnifica o Senhor, e todo o seu ser se alegra em Deus por causa da salvação, que se concretiza em múltiplos atos de misericórdia.
A partir das ações de Deus, somos convidados a reconhecer o Seu rosto, a Sua identidade. Maria não procede por meio de afirmações abstratas: ela não é teóloga nem filósofa, mas destinatária e testemunha das grandes obras de Deus. Ela viu, ouviu e experimentou e não pode deixar de falar sobre o que experimentou, que, em última análise, é a experiência de todo o seu povo. O Magnificat segue a lógica de que, a partir da experiência de uma misericórdia infinita, surge um canto interminável a Deus. O agradecimento ao Senhor na Escritura é frequentemente expresso pela memória de Suas obras: ao cantar a misericórdia divina, Maria revisita toda a história de seu povo, interpretando-a à luz do evento de Cristo, no qual a misericórdia de Deus atingiu sua plenitude e perfeição.
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